25 de mar. de 2010

O Ritmo como fator essencial no dia-dia e nas praticas Esportivas


RITMO
O significado da palavra tem origem grega que é “aquilo que se move; aquilo que flui; aquilo que nos leva crer que todo movimento é um ritmo em potencial” (BRASIL, 2008 apud CAMARGO, 1994, p.23).
Existem vários tipos de ritmos como: lento, médio e rápido, leve e forte no qual o que determina isso é a pessoa, na intensidade e no tempo que vai utilizar seus músculos.
Todo ser humano é dotado de ritmo (Natural), que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por este motivo jamais podemos dizer a alguém que este não tem ritmo, ou seja, o ritmo é algo que já vem pré-determinado fisiologicamente com a pessoa na sua concepção materna e ao decorrer do desenvolvimento humano o ritmo acaba sendo muita das vezes considerada o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.
É o ritmo externo ao homem que coloca em jogo, mais do que tudo, o movimento corporal e possíveis modificações fisiológicas. Autores e pesquisadores que conceituaram o ritmo admitem a dificuldade de situá-lo como algo concreto e a impossibilidade de defini-lo e de avaliá-lo de forma objetiva. Poderíamos considerar que o ritmo é um fenômeno que existe de fato, Hanebuth (1968, p.13),
“Arribas (2002) situa que a primeira infância é a idade mais indicada para iniciar o cultivo do sentido rítmico, pois a espontaneidade e a liberdade de expressão da criança nesta fase proporcionam condições muito úteis para trabalhar o ritmo”.
“ROSSETE (1992) cita como exemplo o bater palmas, que é o primeiro movimento espontâneo em face do ritmo, e a criança o realizam desde o primeiro ano de vida, quando brinca com aqueles que a cercam.”

“Cada corpo tem sua corporeidade que, no fundo, corresponde à sua arquitetura. A corporeidade é o que faz com que um corpo seja tal corpo. o organismo humano, como uma espécie viva, tem sua própria corporeidade. Mas cada indivíduo, segundo a engenharia genética revela, possui uma corporeidade própria”, (MOREIRA, 1998).

Le Parkour, Surrealismo e Ritmo

Relacionando a prática esportiva Le Parkour, Surrealismo e o Ritmo, partimos de dois exemplos para entendermos um pouco desta relação:
“Dali está sempre ocupado em unir para legitimar. Sua imaginação trabalha, não para inventar a irrealidade, mas para diminuir a distância entre as coisas reais” (Salvador Dali); David Belle inventor do Le Parkour, diz que: “O espírito no Parkour é guiado em parte a superar todos os obstáculos em seu próprio caminho como se estivesse em uma emergência.”Como vimos no texto acima citado, entendemos que cada ser é dotado de um ritmo natural (biológico, intrínseco), e associando esta pratica esportiva ao ritmo teremos que partir de alguns princípios para que possamos executar o “Le Parkour”.

Ex: Espaço

A dimensão espacial pode ser sentida, e explorada através do movimento corporal. O espaço exterior compreende tudo o que está além da pele; Da relação entre o espaço do interior do corpo e o espaço físico exterior derivam múltiplas dimensões e formas que geram diversos desenhos e formas no tempo; O espaço constitui uma questão muito complexa. Mas em nossa pratica empregamos esse vocábulo num sentido particular compreensível. Deixamos de lado qualquer discussão filosófica e toda concepção a priori. Quando dizemos espaço aludimos e esse âmbito que transformamos e modificamos com o movimento corporal.
BRIKMAN, Lola. A linguagem do movimento corporal. 2ªed. São Paulo: Summus, 1989


Tempo

Tempo é duração não casula de um movimento. Esse tempo se encontra em relação com uma constante de lentidão ou rapidez peculiar a cada individuo.
Tempo interior – está dotado, por assim dizer, de uma música própria: um ritmo, uma melodia, talvez certo fraseado próprio.
Tempo exterior – está baseado no entorno e nas fontes sonoras instalas fora do individuo.
O homem opera no espaço, com seu próprio tempo e num particular momento do processo histórico. Cada presente temporal é um momento que conte um passado e que se projeta para o futuro. Nesse devir, a rigor, a distinção entre o presente, passada e futuro são quase convencionais, porque o tempo é um incessante transcorre que, num preciso instante qualquer, no momento mesmo em que é pensado ou vivido, deixa de ser presente e se torna passado. Tanto quando percorremos o passado ou projetamos o futuro, estamos sempre num aqui e agora, que implica os três tempos históricos.
BRIKMAN, Lola. A linguagem do movimento corporal. 2ªed. São Paulo: Summus, 1989


Fluência

A fluência ainda composta os movimento de resistência e de contra-movimento; cada um destes é diferente em estado de espírito, e em significado, não se referindo ambos nem à direção, nem à velocidade, nem à força.
O elemento de esforço de fluência “livre” consiste num fluxo libertado e na sensação de fluidez do movimento. Sensação é uma expressão de esforço atividade pela libertação do fluxo, que, dotado de uma capacidade emissora auxiliar o fluir para fora, ou seja, progressivo, características da fluência livre.
LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. 3ªed. São Paulo: Summus, 1978


Conclusão

Entendo então que a prática do Parkour de David Belle junto ao surrealismo de Dalvador Dali, tornasse uma ótima pratica esportiva para se desenvolver alguns tipos de ritmos que até então não tínha ciência de que estes fatores são essenciais para esta pratica, ou seja, unindo o ritmo e o surreal para vencer obstáculos como: saltar muros, andar em corrimão etc; onde muitas das vezes acreditamos não ser possível, mas é, aproximar as coisas reais através de movimentos complexos partindo de um ritmo natural adaptando movimentos e intercalando as características de diferentes ritmos.