7 de jun. de 2010

Algumas indicações de sites com ótimos conteudos de aprendizagem

Através destes site você pode aumentar seu nivel de conhecimento com segurança.
Estas são apenas algumas dicas... Em breve mais!


Curtas da Petrobras
Dança na escola
Ritmo pulando cordas

6 de jun. de 2010

Danças - contemporânea / moderna

O que pode parar uma bola e o que uma bola pode parar?

Resumo

Este trabalho tem como objetivo descobrir através da dança contemporânea/moderna as variabilidades de movimentos em que o corpo pode realizar já que estas danças tem a liberdade de improvização de expressão de movimentos.

Introdução

No primeiro vídeo temos a dança contemporânea com seus métodos de expressão, onde não necessitamos de coreografias que exijam passos retos ou coreografias pré-estabelecidas, mas lembrando que ainda que ajam solos de movimentos é necessário que aja ensaio para que tenha os momentos certos para isso, e não nos prendemos a estética, já que a dança contemporânea veio de como uma forma revolucionaria de dança uma quebra de Paradigma do balé clássico e da dança moderna, “(...) A dança contemporânea sintetiza elementos de varias construções estéticas anteriores, como balé clássico e a dança moderna, buscando, assim, construir uma nova estética, uma nova linguagem e mostrar um novo corpo, portadores de valores sociais e conteúdos simbólicos explicitados por coreografias que os articulam aos movimentos.”

A música “Brazuca” de um cantor de Rap brasileiro “Gabriel O Pensador”, o cantor relata a desigualdade social entre dois irmãos, onde ambos sem estudo sendo que o mais velho tem que trabalhar para ajudar no sustento da família, enquanto o mais novo por sorte se torna jogador profissional de futebol.
O cantor vai mais alem quando nos lembra da fome; a miséria; a desnutrição etc. Enquanto por outro lado por questões da mídia e política o país continua sendo a maioria pobre e a desigualdade fica escondida pois os maiorais não se fazem enxergar. Deste modo pensamos fazer uma coreografia onde pudéssemos trazer para os alunos uma reflexão mediante a desigualdade social lembrando que podemos fazer algo para mudar desde que venhamos nos importar com este fator, já que esta questão esta cada dia mais presente em nosso cotidiano.

Já no segundo vídeo trouxemos a dança moderna pensando na dança em academias e nos clubes onde as pessoas procuram determinados tipos de dança, mas embora seja um tipo de dança mais sensual sempre lembrando da questão ético-moral, ou seja, nunca se esquecer de respeitar o próximo.
Foi utilizado o estio Reggaeton. O ritmo reggaeton é uma derivação do rap americano e o reggae jamaicano com influencias de músicas latinas como salsa, bachata, merengue entre outras, e não tem um país de origem definida, existem divergências em relação ao país de origem Porto Rico e Panamá ambos na América Central.
É uma dança muito sensual, ousado, atraente. Para alguns conservadores é uma forma de dança polemica, mas que é muito popular entre os jovens. O trabalho em grupo é muito fundamental nessa dança, pois a disputa é muito utilizada e dança de forma livre. Porém devido ser uma proposta de linguagem moderna pode ser trabalhado também na licenciatura, pois os movimentos podem ser criados, mas sempre de forma sutil para não ter excesso de sensualidade como a letra da música, porém é uma oportunidade de fazer com que os alunos na escola conheça novas possibilidades de movimentos, percepção do ritmo e conhecimentos de outras culturas, pois conforme afirma no livro A dança no contexto da educação física (2006) “cada dança, entre todas e tantas existentes, tem uma história, uma origem, e é a partir dela que podemos desenvolver as aulas”.
“...Se a dança em geral é a expressão por meio do movimento,a dança moderna em particular esta muito mais sujeita a este principio, posto que os mesmos elementos, isto é o mesmo esforço realizado com grau idêntico de energia não serviria para expressar distintos estados de animo.(Ossona, 1988)”

Metodologia

É importante entender o que é, e qual tipo de dança que se quer trabalhar seja através de coreografias ou de movimentos livres para que através desta possa- se passar uma mensagem em forma de dança, e para isso é preciso se entregar a dança, ou melhor se transportar para dentro da dança, “...Se queremos nos expressar por meio do corpo, é preciso antes conhecê-lo. Saber o que existe lá dentro, quais são as direções dos ossos, músculos e articulações, esmiuçar cada detalhe como uma criança que desmonta um brinquedo para ver como funciona, (Priscila Santos, Abril.com).
Dentro destes princípios básicos é necessário procurar estabelecer o máximo de relações entre o potencial biológico com os movimentos estabelecidos e conciliar com o fator tempo e espaço, onde é muito importante que se tenha uma percepção do espaço de cada integrante do grupo e de onde será executada a dança, o tempo da musica e de cada movimento, e através deste tipo de dança é possível associar a dança como dança artística ao contrario das danças da mídia que são contrárias as danças artísticas e muita das vezes é mal interpretada pelos receptores, Silvia/Jorge (2006) nos dão exemplos importantíssimos de que a mídia não valoriza a dança como arte corporal e sim como retorno em rendimento de dinheiro e audiência, não se importando com a faixa etária tanto de quem assiste quanto de quem executa a dança usando muita das crianças, “(...) As maneiras de compreender os produtos da mídia variam de um individuo (ou grupo de indivíduos) para outro, e de um contexto histórico-social para outro. Como em todas as formas simbólicas, o “significado” de uma mensagem transmitida pela mídia não é um fenômeno estático, permanente fixo e transparente para todos.”
Ou seja, muita das vezes a sexualidade chega precocemente para crianças e são estimuladas a tipos de danças que estas estão meramente imitando adultos sem se quer ter consciência da tradução do simbolismo que a musica passa.
...”Em nome da maior liberdade com o corpo, nossas crianças estão tendo o direito à infância roubada. Esta situação de sensualização precoce provoca aumento de ansiedade nos pais, estimula a violência sexual infantil, iniciação sexual precoce, a pedofilia e, nas classes baixas, a prostituição infantil (Silvia/Jorge (2006) apud Cezimbra,1999, p. 7)”.

Conclusão

Percebemos então quão grande importância tem o professor de Educação Física em permitir que as crianças tragam suas culturas para as aulas e com isso mostrar para elas ou melhor desvendar o que elas não conseguem enxergar o que a mídia propõe através de musicas e dança sem boas finalidades e o que isso pode causar se usadas de maneira errada. Devemos mostrar às crianças a dança como arte e fator cultural, levá-las a identificar a grande potencialidade de expressão que cada um tem através da dança.
Caso venha desenvolver um projeto de dança fora do âmbito escolar (condomínios, clubes, academias, etc.), é extremamente importante fazer uma pesquisa do publico alvo para um determinado lugar para que se tenha um bom sucesso.














Referências

Corpo, comunicação e cultura: a dança contemporânea em cena/Denise da Costa Oliveira. - Campinas, SP: Autores Associados , 2006. – (coleção educação física e esportes)

http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/057/equilibrio/conteudo_257334.shtml

A dança no contexto da educação física / Org. Silvia Pavesi Sborquia, Jorge Sergio Perez Galhardo. – Ijuí : Ed. Unijuí, 2006. – 120 p.

A educação pela dança / Paulina Ossona [Tradução: Norberto da Silva Neto]. – São Paulo: Summus, 1988.

5 de jun. de 2010

A invenção da infância (3º Parte)


Introdução

Nesta terceira parte temos a infância com os avanços que a mídia traz as crianças, avanços esses que na maioria das vezes prejudica o desenvolvimento da criança acelerando este processo e passando por cima dos seus direitos de alem de ser criança o direito de ter “infância”.
Aqui se podem analisar alguns processos de transformação que a criança passa saindo da infância e chegando a adolescência: Na infância por volta dos 10 anos de idade a criança já atingiu cera de 80% da altura que ira ter na fase adulta em média e ao chegar na adolescência o crescimento começa a ser acelerado, diferente da segunda infância que o ritmo de crescimento era lento porém constante.
Esse ritmo acelerado de crescimento na adolescência pode ser denominado surto de crescimento adolescente que pode ter duração média de 4 anos e meio.

Características Meninos Meninas
Inicio 11 anos 09 anos
Velocidade de chegada ao pico 13 anos 11 anos
Estabilizam-se 15 anos 13 anos
Altura madura 18 anos 16 anos

Um dos fatores que podem influenciar no crescimento é o uso de esteróides, pois faz com que os ossos longos (epífises) amadureçam antes do tempo; porém quando é analisado por um médico alguma anormalidade no crescimento do individuo poderá ser receitado com o objetivo de apenas estimular esse processo.
Os ossos do carpo são completados na adolescência completando assim os 9 carpos.

Assim como a altura, o peso também em uma criança de 10 anos, ou seja, ao final da segunda infância, já atingiu um pouco mais da metade do peso adulto.
O adolescente passa por muitas mudanças e isso reflete no aumento do peso, mas cada sexo tem um motivo diferente desse aumento.



Fatores que influenciam Meninos Meninas
Altura Aumenta Aumenta
Massa muscular Aumenta Aumento não significativo
Massa adiposa Segue estável Aumenta


Os músculos amadurecem, ou seja, o que diferencia da infância é que eles se tornam mais longos e grossos e menos aquosos, o que faz eles mais fortes de forma mais intensa no sexo masculino.
A gordura aumenta no sexo feminino e no masculino é o contrario, existe uma diminuição.
A variação de peso em si não é um motivo de preocupação e sim o não crescimento da estatura.

No período de transição entre a infância para adolescência referente aos sistemas respiratórias e circulatória são:

Coração
Aumenta o tamanho cerca de 50% e dobra o peso, sedo que o sexo feminino tem um tamanho menor comparado ao masculino.
A frequência cardíaca em repouso é de 57 a 60 bpm no sexo feminino e de 62 a 63 bpm no sexo masculino e isso comparado a infância a frequência cardíaca de uma maneira geral diminui.
A pressão sanguínea sistólica aumenta de forma acelerada.

Pulmão
Aumenta rapidamente de tamanho e a capacidade respiratória.
Aumenta a capacidade vital (quantidade de ar que por ser inalada de uma vez) sendo que nos meninos começa a partir dos 12 anos devido ao coração ser maior.

Sistema nervoso
Como a sinapses são podadas durante a infância, o termino desse processo é no inicio da infância.

Hormônio

É um processo de mudança significativa na adolescência, pois a partir daí que vai desencadear todas as mudanças características dessa fase.
Tem um aumento no andrógeno da supra-renal onde segue uma sequência completa de varias mudanças nos hormônios.
O hipotálamo amadurece e começa a secretar hormônio que por fim estimula a glândula piruetaria que faz liberar os hormônios gonadotrópicos (GnRH).
A partir daí desencadeia o desenvolvimento de outras glândulas, o que faz o crescimento não somente de estatura, mas também sexual, ou seja, as gônadas amadurecem.
Essas gônadas são responsáveis pelos hormônios sexuais que dão características entre os sexos.
Durante o percurso da puberdade ocorre o aumento do hormônio sexual.

Sexo Meninos Meninas
Hormônio Testosterona Estradiol (estrogênio)
Quantidade 18 vezes 08 vezes

O desenvolvimento cognitivo-afetivo

Esses dois fatores continuam se desenvolvendo, ou seja, segundo “Pinto,C. B. G. C. apud Piaget (1977), considerou o desenvolvimento intelectual como um processo que ocorre durante toda a vida e que é concebido em seus aspectos biológicos, cognitivos, afetivos e sociais, como um todo, por meio de fases que se inter-relacionam e se sucedem até que atinjam estágios da inteligência caracterizados por maior mobilidade e estabilidade, num processo progressivo de adaptação do homem ao meio: assimilação/acomodação e superação constante, em direção a novas estruturas.

No período em que a criança entra na adolescência, esta sai do processo de acomodação devido a novos conhecimentos e entra em adaptação (assimilação), com um intelecto já existente (cognitivo), tornando um caso de perturbação com as novas etapas, porem a superação tem que ser constante, isto ocorrerá em toda a vida, pois o ser humano esta sujeito o tempo todo a adaptações, escola, trabalho, família, etc. Neste processo de transformação (mutação), o adolescente se depara com uma grande mudança no fator escola, onde o professor tem como missão trabalhar com a solução de problemas estimulando o educando a organizar seus conhecimentos através de exercícios operacionais. Agora ele se depara com um método totalmente diferente começando com o tempo de aula de 50 minutos que ocorre a troca de disciplinas e professores.

Como podemos observar no vídeo, a responsabilidade chega mais cedo para as criança sendo que hoje em dia com mais frequência. As crianças de classe media-baixa do nordeste começam a trabalho desde cedo para ajudar no sustento da família e a classe média-alta com vários tipos de atividades no dia, onde o seu tempo de lazer que podemos dizer que seria o tempo de ter “infância” acaba sendo preenchido com as responsabilidades impostas pelos pais e pelas necessidades. Sem falar na mídia que chega para atrapalhar ainda mais o tempo de infância da criança, onde elas vem passar a maioria do tempo livre em frente a televisão e muitas das vezes não acabam tendo uma boa absorção do que se é transmitido, sem falar nas músicas e danças de duplo sentido, como axés do tipo boquinha da garrafa, e vários Funk do tipo “cachorras e tigrões”, cenas de violências que acabam estimulando as crianças serem mais violentas e nas cenas de duplo sentido ou até mesmo explícitas de sexualidade como podemos ver no vídeo, ...” A música de consumo é um produto industrial que não mira a nenhuma intenção de arte, e sim a satisfação das demandas do mercado”. (Sborquia / Gallardo, 2006 apud Ec, 1998),

A infância se caracteriza por ser o primeiro período de proteção ao aprendizado. No Brasil, a fronteira entre liberdade e proteção parece não ter sido delimitada. Em nome da maior liberdade com o corpo, nossas crianças estão tendo o direito a infância roubada. Esta situação de sensualização precoce provoca aumento de ansiedade nos pais, estimula a violência sexual infantil, iniciação sexual precoce, a pedofilia e, nas classes baixas, a prostituição infantil (Sborquia / Gallardo, 2006 apud Cezimba, 1999, p. 7).

(...) Piaget afirma que a inteligência e a afetividade são indissociáveis. A afetividade intervém nas operações da inteligência, estimulando-as ou perturbando-as, podendo comprometer o desenvolvimento intelectual. Os mecanismos afetivos e cognitivos permanecem sempre indissociáveis, embora distintos, na medida em que os primeiros dependem de uma energética e os segundos, de estruturas.

Vemos então que a afetividade tem grande influência no desenvolvimento, tanto para atrapalhar quanto para ajudar, sendo assim o professor tem que estimular o educando sempre em questões positivas, pois este terá um avanço progressivo em seus conhecimentos ao contrario de um retardo.

Sendo o conhecimento algo continuo no desenvolvimento humano devido à interação com o mundo que o circundam, estes novos conhecimentos se transmitem com o sistema cognitivo já existente. Isto quando o adolescente se permite explorar novos conhecimentos, ou seja, quando não há algo que interfere, bloqueando a interação entre o sistema cognitivo e o afetivo. Mas é de grande valia que o professor tenha uma ótima didática e saiba os períodos necessários para usá-las, ou seja, é típico daquele assunto que é sempre lembrado nos cursos de Educação Física, onde o professor joga a bola de futebol entre os educando e diz para eles que a aula é futebol, ou permanece no “quarteto fantástico" composto pelas modalidades do “futebol, voleibol, Basquetebol e handebol”, sendo que o professor em si mal observa o desempenho dos alunos, suas características psicológicas e suas capacidades cognitivas, afetivo e sensório-motor, alem de que, trazem consigo bagagem cultural que deve ser muito bem aproveitada para ampliar ainda mais o desenvolvimento aluno.

Se o papel do professor é fazer nascer no aluno o desejo de aprender, sua tarefa é criar o enigma ou, mais exatamente, fazer do saber um enigma: comentá-lo ou mostrá-lo suficientemente para que se entreveja seu interesse e sua riqueza, mas calar-se a tempo para suscitar a vontade de desvendá-lo (MEIRIEU : 92).

Fica claro que o professor torna-se grande responsável em auxiliar o adolescente nesta nova faze de sua vida, já que este necessitará de auxilio nesta nova etapa (...) “oportunizando um ambiente propício, motivando e gerando confiança, utilizando recursos adequados, respeitando as dificuldades individuais e acreditando no potencial do educando, promovendo sua auto-estima e encorajando-o.”
Ou seja, o professor deve estar atualizando seus conhecimentos freqüentemente para que sua atuação profissional esteja sempre em sucesso absoluto em competência.

Referências

Gallahue e Ozmun (2005) – Compreendendo o Desenvolvimento Motor
Celeida Belchior Garcia Cintra Pinto – UniCEUB - http://newpsi.bvs-psi.org.br/eventos/ix_conpe/51.pdf
A dança no contexto da educação física / Org. Silvia Pavesi Sborquia, Jorge Sergio Perez Galhardo. – Ijuí : Ed. Unijuí, 2006. – 120 p.

11 de abr. de 2010

A complexidade do ensino-aprendizagem

Resumo
Esta pesquisa tem o objetivo de mostrar alguns fatores que auxiliam para a complexidade do ensino aprendizagem. A relação de professor/aluno, aluno/professor onde em alguns momentos da aprendizagem o professor se da à chance de aprender com o aluno, colocando a noção de desordem no lugar de ordem e uma nova ordem na noção de desordem.

Introdução

Tudo começou em Janeiro de 2009, quando surgiu uma vontade imensa de iniciar uma instituição que eu pudesse trabalhar com crianças e adolescentes através do esporte, em uma tentativa de impedir que crianças carentes se percam na criminalidade, nas drogas e na prostituição. Crianças que muitas vezes não tem apoio da família, amigos, parentes etc.
Então dei o ponta pé inicial: resolvi treinar meninos para jogar futebol e no terceiro dia de treino já tínhamos cerca de quarenta crianças. Mas descobri que para dar continuidade ao projeto teria que ser habilitado (CREF), então me matriculei na Universidade (UNICID). Hoje estou no 3º semestre e percebo a importância do curso para me tornar um excelente profissional.
Este terceiro semestre está sendo muito bom, pois estamos trabalhando com desenvolvimento, aprendizagem e ritmo. Estes requisitos são essências para saber respeitar o desempenho de cada um.

A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde que a criança passa a ter contato com o mundo. Na interação com o meio social e físico a criança passa a se desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Isso significa que a partir do envolvimento com seu meio social são desencadeados diversos processos internos de desenvolvimento que permitirão um novo patamar de desenvolvimento.

Acredito que o primeiro passo para este projeto é poder passar a herança que as crianças e adolescentes tem por direito que são as brincadeiras e os jogos infantis. Temos a priori a obra de “Pieter Brueghel” de 1560 que apesar de mostrar crianças do séc. XVI que ao brincarem não “ri” e só se importam com o jogo em si, crianças que por causa da vestimenta daquela época são vistas como pequenos adultos.
Desta forma vejo que o profissional de Educação Física tem grande responsabilidade em ensinar estas brincadeiras que dificilmente são vistas hoje, fazendo de uma forma que eles (a) venham entender que são herança cultural que eles (a) têm por direito de conhecer.

Para GALLAHUE aprendizagem significa: "Processo interno que produz alterações consistentes no comportamento individual em decorrência das interações da experiência, da educação e do treinamento com processo biológico. É um fenômeno no qual a experiência é pré-requisito, o desenvolvimento, em oposição, é um processo que pode ocorrer independentemente da experiência". (GALLAHUE, 2005)

No caso da aprendizagem motora, o ambiente pode influenciar na aprendizagem, pois segundo MAGILL (1998) o ser humano tem limitações ao fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo quando somos obrigados a dividir nossa atenção entre as tarefas serem desempenhadas.
Nesta ocasião o ritmo deles são diferentes uns dos outros e por este motivo temos que ter paciência e gostar de ensinar, e com isto também poder aprender novas experiências afinal aprender não depende só de quem ensina e sim de outros fatores que auxiliam na aprendizagem.

Hoje, fala-se tanto em criatividade... mas, onde estão as brincadeiras, os jogos, os cantos e danças de outrora? Nas lembranças de velhos aparecem e nos surpreendemos pela sua riqueza. O velho, de um lado, busca a confiança do que se passou com seus coetâneos, em testemunhos escritos ou orais, investiga, pesquisa, confronta esse tesouro de que é guardião. De outro lado, recupera o tempo que correu e aquelas coisas que, quando as perdemos, nos fazem sentir diminuir e morrer (BOSI, In: GONÇALVES FILHO, 1988, p100).

José Pacheco (Educador português/ Escola da Ponte) cita que: “Cada ser humano é único e irrepetível, ipso facto, o trajeto de desenvolvimento de cada aluno é também único e irrepetível”. Para ajudar a quebrar um paradigma de aulas lecionadas e direcionadas somente para habilidades lingüísticas e lógica matemática Howard Gardner (1985), criou A Teoria das Inteligências Múltiplas; segundo ele, “todos os indivíduos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete diferentes e, até certo ponto, independentes áreas intelectuais”.Metodologia
Saber ensinar
Uma das formas de ensinar é saber como será o método pedagógico, para isso é necessário conhecer as diferentes possibilidades, entre elas o método de demonstração que segundo MAGILL (2000) é a forma de comunicação mais comum, mas para ocorrer de forma clara o professor tem que desempenhar a atividade corretamente, para que o aprendiz tenha idéia desse novo movimento.
Cada pessoa processa de um jeito diferente a informação através da comunicação de demonstração, para isso é necessária saber se realmente ela está compreendendo o objetivo da atividade. Isso pode ser obtido através de um pequeno teste, pedir ao aprendiz que descreva o que foi passado; para saber o grau de assimilação, porém nem sempre será exatamente da mesma forma, mas tem que estar coerente com o que foi proposto, pois tem diferença de olhar e ver.

Diferenças entre olhar e ver são:

Olha – Somente percebe a demonstração e não aprender.
Ver – Repara os detalhes e aprende.

Cada pessoa tem uma determinada facilidade para aprender, mas o fato de demonstrar não quer dizer que seja padrão, pois podemos fazer de diversas formas com o auxilio dos sentidos:

Audição
Demonstrar a atividade e falar descrevendo o movimento ao mesmo tempo.
Ao falar você chama a atenção do aprendiz para observar o movimento de forma mais objetiva, que neste caso pode ser o corpo como um todo ou um determinado seguimento, porem tem que informar aos poucos, pois as pessoas têm limitações na capacidade da informação. Não adianta querer passar tudo de uma vez, pois assim a pessoa ira ter dificuldade para lembrar e desempenhar.

Visão
O processo de aprendizagem visual pode seguir duas teorias que são contraditórias, essas possibilidades são:
Teoria da mediação cognitiva: Observação do movimento para executá-lo, ou seja, trabalha com a memória, a pessoa vê e guarda a informação para quando for executá-la, lembrar através de símbolos e imagens que o mesmo criou. Esse processo é subdividido em alguns passos:
Processo de atenção: Observa o movimento prestando atenção nos detalhes.

Processo de retenção: Constrói símbolos para identificar a seqüência de uma forma representativa, depois tem o Processo de reprodução do movimento: Lembra dos símbolos e faz a tradução através dos movimentos.
Processo de motivação: Incentivo para execução do movimento.
Visão dinâmica do modelamento: O visual capta automaticamente o que esta sendo observado. MAGILL (2000) afirma que “(...) acontece porque a informação visual pode fornecer diretamente a base para coordenação e o controle de varias partes do corpo necessárias para reproduzir a ação”.JOÃO e BRITTO nos da um exemplo muito bom de observação: “(...) a intervenção prematura/determinista do professor pode limitar a amplitude da experiência, do mesmo modo que a intervenção atenta pode expandir novas possibilidades”.
Dinâmica
Objetivo
O objetivo deste trabalho é poder assimilar o aprendizado, a observação, o ensino e o resultado dentro de uma possível aula de percussão corporal “(...) A percussão corporal serve como ferramenta para exercitar atenção, concentração, coordenação motora, de si mesmo e do grupo.” Dentro desta aula causaremos situações problema onde o instrutor a observa para obter um possível aprendizado com seus alunos e vice-versa.

O método da dança “Peito, Estrala, Bate” que envolve três das sete Inteligências Múltiplas de Howard Gardner (Inteligências: Musical, Espacial e Cinestésica), trabalha-se com os alunos um tipo de dinâmica muito abrangente, onde um bom observador pode também ensinar, aprender e consequentemente interagir com outras pessoas, e dentro dessas interações com certeza uma dança fluirá. Uma experiência foi feita adaptando a dança mencionada “Peito, estrala, bate”, a um ritmo de Hip-Hop com a música do cantor americano Usher - Yeah! Fazendo-se esta adaptação nos aproximamos de uma das definições de Surrealismo; FORTINI (1980), O Movimento Surrealista, 2ª edição; “Uma paixão negativa, de destruição e de recusa de quanto entrave a integral apropriação pelo homem do seu próprio mundo e do mundo que o circunda...”.

Pratica
Peito, estrala, bate
Essa dinâmica serve como uma forma de aprendizagem, tanto pra quem esta ensinando, quanto para quem esta efetuando a ação e também para quem esta observando tudo.

• Ensinar –
imaginamos que o professor ensine por partes: primeiro só o inicio da musica, repetindo varias vezes até que o aluno consiga aprender, depois que já consiga fazer tudo sozinho, o docente vai aumentando o grau de dificuldade, passando para segunda fase, só que nem todos os alunos vão conseguir aprender assim, pois como vimos no texto acima cada aluno aprende de uma forma especifica então o professor terá que mudar o seu ensinar, ou seja, assim você aprende com a necessidade dele.

• Aprender –
Muitos pensam que só os alunos aprendem, mais o grupo a escola em si aprende junto, tanto os professores, quanto os alunos, diretores.
Caso anterior, o professor passa a ser aprendiz quando o aluno demonstra a forma mais fácil de aprender, ou como no exemplo usado em sala de aula, o aluno passa a ensinar os seguintes passos sem a ajuda do professor. Assim o discente vira docente e vice-versa.

• Observador –
os observadores são todos os que estão presentes na sala, pois quando ensinamos ou aprendemos nós temos que passar pela fase de observar.
Observe que ao tentarmos ensinar, temos que ter a percepção se os alunos estão conseguindo aprender a proposta, e assim também temos que ter a mesma atenção quando estamos aprendendo os movimentos para a sim serem executados.

Como dar Feedbach após o conhecimento de Resultados
Richard A. Magill usa um método chamado “Conhecimentos de Resultados”, onde ocorre uma leitura corporal do professor ao aluno após o comando de um movimento, em alguns casos é aconselhável que o professor deixe que o educando repita o movimento por algumas vezes, para lhe dar um Feedback, ou seja, em alguns casos na interferência precoce do professor pode causar um bloqueio de desenvolvimento motor do educando.
O Conhecimento de Resultados (CR), é uma ferramenta que tem que estar presente.
Isso nos leva a entender que além de ensinar o professor tem que ser um bom, observador, podendo com isso fazer uma leitura corporal do aluno aprendendo a cerca de suas limitações, ou seja, a interatividade entre ensinar, aprender, observar e chegar a um resultado (dança) é algo que tem haver com muita harmonia entre estes fatores, pois, neste processo o professor que causa uma desordem na noção de ordem, ou seja, ao mesmo tempo em que ensina ele aprende e observa, possibilita um melhor aprendizado. “(...) Gerar situações problema que favoreçam o processo auto-reflexivo que acontecem na aula e para além da aula é, segundo nossa visão, fundamental para uma boa pratica pedagógica que vislumbra um processo de transformação”.
“Eu queria uma escola que cultivasse a curiosidade de aprender que é em vocês natural. Eu queria uma escola que educasse seu corpo e seus movimentos: que possibilitasse seu crescimento físico e sadio. ... que ensinasse primeiro pela observação, pela descoberta, pela experimentação”
Carlos Drumond de Andrade
“Para todas as crianças”


Conclusão
Nesta apresentação ficou muito claro que a interação entre professor e aluno é bem complexa e este grau de complexidade aumenta quando o professor se permite aprender com o educando. Pois este sempre traz consigo sua cultura própria e esta sempre têm novidades que podem ser aproveitadas, ou seja, permitir que o educando traga o que sabe sobre brincadeiras, danças etc. Enfim a sua cultura própria, causando uma desordem em meio a ordem a aprendizagem pode com isso se tornar ainda mais enriquecedora para ambas as partes, ensinar/aprender, observar/ensinar, aprender/observar acreditando que desta forma se obterá bons resultados.

Bibliografias
JOÃO, R. B. e BRITO, M. Pensando a corporeidade na prática pedagógica em educação física à luz do pensamento complexo. Rev.bras. Educ.Fís. Esp, São Paulo, v.18, n.3, p.263-72, jul./set.2004.
FORTINI, F. O movimento Surrealista. 2ed. Lisboa: Editora Presença, 1980.
GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças. Adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo: Phorte, 2005. 585p
MAGILL, Richard A. Aprendizagem Motora: Conceito e aplicações. 5ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2000. 369p.
ESCOLA DA PONTE
Disponível em Acesso em: 13 fev. 2010.
GARDNER, H. A Teoria das Inteligências Múltiplas e suas implicações para Educação. (1985)
Disponível em Acesso 20 fev. 2010.
Disponível em < http://www.corpomusical.blogger.com.br > Acesso em 25 fev. 2010.
http://www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/44ElianeAparecidaBacocina_MariaWurthmannRibeiro.pdf
http://www.humanitates.ucb.br/2/educacao.htm

7 de abr. de 2010

A invenção da infância (2ª Parte)


O que é ser criança?

Ser criança é ter o direito de brincar de forma criativa e imaginária consequentemente desenvolvendo-se de forma natural e completa, ser estimulada sabiamente em processos esportivos, lúdicos etc, ser reconhecida e obter conhecimento desta importância, pois sem fugir de processos naturais ela vai se tornar adulta e também vai iniciar outra criança, pois como vimos no documentário, algumas crianças pulando etapas e se tornando adultos precoces através de trabalhos remunerados (Bahia) ou através de estafantes rotinas (São Paulo), como por exemplo: Ir à escola, jogar tênis, fazer ballet etc.

Introdução
Essa proposta de trabalho visa conceber a 2ª infância em visão mais abrangente possível, para que entendamos todos os processos imbricados nessa fase, tomaremos como um ponto norteador o documentário: “Inventando a infância”, o mesmo mostra vivências diferentes de crianças de um estado do Nordeste e um estado do Sudeste brasileiro, diferente mais que se agrupam, se imbricam num sistema que ajuda a responder duas perguntas muito complexas e que demandam um entendimento abrangente de várias áreas. O que é ter infância? O que ser criança? . O sistema financeiro capitalista tem como uma de suas características marcantes a separação por classes sociais, que às vezes nos impede de perceber as coisas de uma maneira mais conjunta, com isso, utilizaremos como “pano de fundo” o Surrealismo, que tem como uma de suas características impactantes a aproximação das coisas; a aproximação, por exemplo, de fatos que ocorrem no estado de São Paulo e no estado da Bahia.
“Uma paixão negativa, de destruição e de recusa de quanto entrave a integral apropriação pelo homem do seu próprio mundo e do mundo que o circunda; portanto, a destruição e a recusa de toda a legislação, de todos os tabus sociais, patrióticos ou religiosos, e muito particularmente, os preceitos sexuais pedagógicos, hierárquicos, exigindo-se e proclamando-se a virtude do escândalo, da revolta, do sacrilégio (FORTINI, 1980.”
Classificação convencional da idade cronológica:

Infância: de 02 a 10 anos, sendo que, de 02 a 03 anos é um período de aprendizagem, de 03 a 05 anos infância precoce, de 06 a 10 anos infância intermediária / avançada.


Anatomia e fisiologia na 2ª infância (Maturações)

Crescimento

Altura: O processo de crescimento desacelera após os primeiros dois anos, mas mantém um nível constante ate a puberdade. O crescimento ósseo, no inicio da infância é dinâmico, e o sistema esquelético é particularmente vulnerável à má nutrição, à fadiga e a doenças. O processo de ossificação ocorre em ritmo rápido no inicio da infância sendo retardado em até três anos no crescimento em crianças que sofrem privações.

Peso: A criança tem uma diminuição gradual do tecido adiposo, à medida que progridem além do período inicial da infância.
Proporções corporais: As proporções corporais alteram no inicio da infância, por causa dos vários ritmos de crescimento do corpo. O peito gradualmente torna-se maior do que o abdome, e o estomago fica menos saliente.
Sistema fisiológico: O cérebro atinge cerca de 75% de seu peso adulto por volta dos 03 anos de idade e quase 90% dele por volta dos 06 anos e o córtex cerebral só se desenvolve por completo aos 4 anos de idade.

Visão: O globo ocular apenas atinge seu tamanho total aproximadamente aos 12 anos de idade, certas sessões de retina não estão completamente desenvolvidas ate os 06 anos de idade, e a criança pequena geralmente sofre de hipermetropia.
Paladar: A criança tem maior sensibilidade ao paladar, pois tem mais papilas gustativas do que os adultos e estão generosamente distribuídas na face interna da garganta, bochechas e língua.

Desenvolvimento da 2ª infância:

A segunda infância é um período ideal para que a criança se desenvolva e refine grande número de tarefas motoras, desde os movimentos fundamentais do início da infância até a habilidade esportiva do período intermediário.
Brincar é o que as crianças pequenas fazem quando não estão comendo, dormindo ou obedecendo à vontade dos adultos, as brincadeiras ocupam a maior parte de suas horas despertas e isso pode, literalmente, se considerando como o equivalente ao trabalho para elas à brincadeira serve como importante facilitador do crescimento cognitivo e afetivo da criança e também no desenvolvimento das habilidades motoras refinadas como rudimentares.
Segundo Piaget (1982), que estuda a 2ª infância dos 07 aos 10 anos, ele relata que todas crianças nessa faixa etária percorrem quatro fases do desenvolvimento cognitivo. Para o autor, o período que corresponde à segunda infância é denominado estágio das operações concretas e seria caracterizado pela existência de um pensamento lógico, no qual a razão passa a nortear a maior parte das atitudes da criança.

A Fisiologia do Exercício na 2ª infância e alguns cuidados com a iniciação esportiva.
Nas considerações de TANI, FERRAZ & TEIXEIRA (1991), muitas modalidades esportivas exigem o desenvolvimento de capacidades físicas que não deveriam ser enfatizadas na infância. Em linhas gerais, os treinamentos específicos, nos quais o componente predominante é o metabolismo anaeróbio láctico, ou seja, atividades em debito de oxigênio levam a criança a atingir elevados níveis de freqüência cardíaca e lactacidemia muscular e sanguínea. Isso é atingindo com esforço acima de 80% do VO2 máximo previsto para a idade e duração entre 45 segundos e 3 minutos, esforço para o qual muitas vezes a criança não está preparada (TOURINHO FILHO & TOURINHO, 1998). Além disso, a atividade anaeróbia láctica provoca acentuada liberação de catecolaminas, ocasionando, em decorrência, vasoconstrição no sistema vascular e na musculatura cardíaca. De acordo com TANI et al.(1991), a criança ainda não tem condições de aumentar significativamente a força de contração da musculatura cardíaca para vencer a resistência vascular periférica aumentada. Com o trabalho anaeróbico láctico nas crianças, corre-se o risco de provocar uma hipertrofia precoce da musculatura cardíaca, que limita o seu potencial físico Maximo, além de predispor o individuo a uma futura hipertensão arterial (NEGRÃO 1980).

O Profissional de Educação Física: Intervencionista sábio e agrupador de vários conhecimentos!

Como já vimos, o profissional de Educação Física é de grande importância em iniciações esportivas não somente na 1ª e 2ª infâncias, mas em todas as faixas etárias, isso consequentemente demanda que ele seja atualizado, visionário e, contudo um agrupador de boas idéias das várias áreas do conhecimento, ciente, porém de que não é o “sabe tudo” e que às vezes é necessário recorrer a intervenções de outros profissionais. O Profissional de Educação Física tem ao seu dispor várias referências de diferentes áreas, um professor criativo pode agrupá-las e proporcionar uma bela experiência para seu aluno até nas modalidades esportivas.
Atividades práticas

Segundo Maria Rodrigues no livro Manual teórico-pratico de Educação Física Infantil, aborda diferentes atividades a serem trabalhadas de acordo com a idade especifica e seu desenvolvimento. E segundo GIMENEZ & UGRINOWITSCH (----) “A abordagem desenvolvimentista apresenta como conteúdos atividades que visam ao aprimoramento ou aquisição de habilidades motoras. Entre as estratégias que podem ser utilizadas, encontram-se as atividades rítmicas, as atividades de auto-testagem e o jogo (...)”.

Até 03 anos
Atividades que proporcionam o conhecimento do próprio corpo, conhecimento de espaço e objetos em sua volta. Estimular o processo de coordenação motora.
Habilidades a serem trabalhadas: Habilidades básicas como andar, saltar, rolar e saltitar.
Exemplos: Andar em uma linha reta.

03 a 06 anos;
Alto desenvolvimento da psicomotrocidade, pois a mesma sempre experimenta o seu limite e descobertas do novo. A coordenação “olho-mão” pés é intensa e já é capaz de obedecer até 2 a 3 atividades, já tem domínio do seu corpo. Atividades que desenvolvam conhecimento de noção de tamanho, direção, profundidade, peso, altura velocidade.
Habilidade a ser trabalhada: Os mesmos movimentos de 03 à 06 anos, porém mais acentuados, ou seja, andar, saltitar, rolar, trepar.
Através de jogos individuais, pois ainda são egocêntricos.
Exemplos: Atividades rítmicas, como rodas simples e dança folclóricas.

06 a 08 anos;Analisando a postura através do trabalho, visando às qualidades físicas básicas, para desenvolver a coordenação da dinâmica geral e o alinhamento postural.
Habilidades a serem trabalhadas: Tem que ser trabalhado a força, resistência, velocidade e equilíbrio.
Exemplos: Jogos compartilhados. Pois o egocentrismo começa a diminuir e a criança começa a ter espírito de equipe.

08 a 10 anos;Aumenta o crescimento proporcional em todo o corpo, que favorece a força funcional dos membros assim aguçando a vontade de competir com o outro.
Habilidades a serem trabalhadas: Deixam as habilidades gradualmente das básicas e passam para habilidades técnicas especificas. Como rolamento, estrela, parada de mão e cambalhotas.
Exemplos: Atividades de solução para um problema, ou seja, estimular a criatividade. Elevar a ter um estilo próprio

Fatores que influenciam o crescimento

“O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento de tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal. Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido desde a concepção até a idade adulta”. (Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil / Ministério da saúde; Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002).
Fatores extrínsecos que influenciam o crescimento.


Várias visões de desenvolvimento

Para o pediatra, surge a definição do livro de texto que diz: “(...) desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas”. O neuropediatra certamente pensará mais na maturação do sistema nervoso central e consequente integridade dos reflexos. O psicólogo, dependendo da formação e experiência, estará pensando nos aspectos cognitivos, na inteligência, adaptação, inter-relação com o meio ambiente, etc. O psicanalista dará mais ênfase às relações com os outros e à constituição do psiquismo.

E para o profissional de educação física, o que é desenvolvimento?

Para responder parcialmente esta pergunta podemos utilizar dois de vários tópicos geradores, como por exemplo: Corporeidade e Surrealismo, A corporeidade é a interação do homem, no e com o mundo e o Surrealismo nos vem como a apropriação integral e efetiva também do homem pelo mundo que o circunda, sendo assim o profissional de educação física pode ser um analisador de um processo de desenvolvimento como um todo, tanto extrinsecamente quanto intrinsecamente.
Com relação ao filme, podemos dizer que apesar da precariedade do lugar são crianças do nordeste que vivem uma verdadeira infância, pois tirando o fato de trabalhar para ajudar os pais no sustento do lar, elas têm seu momento de lazer onde podem brincar. Ao contrario das crianças da capital que em seu tempo de lazer estão dançando ballet, jogando tênis, ou seja, atividades impostas pelos pais que direcionam os filhos para essas atividades para que estes possam no futuro optar por alguma dessas atividades como profissão e muitas das vezes não é o que a criança quer para ela.
Rousseau (1712-1771)nos da uma idéia de respeito a criança em meio a recreação, ele diz que recreação é a "Liberdade total da criança, não se deve obrigar o aluno a ficar quando quiser ir, não constrangê-lo a ir, quando ficar onde esta. O aluno deve ser educado por e para a liberdade. É preciso que saltem, corram, gritem quando tiver vontade."

Bibliografia

SCHMIDT, Richard A. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 2ªed. Porto Alegre: Artmed Editora , 2001

GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2005.

RODRIGUES, Maria. Manual teórico-pratico de educação física infantil. 5ª ed. São Paulo: Ícone Editora, 1989.

Ofício de professor: aprender mais para ensinar melhor. 4ºed. São Paulo: Editora Abril, 2003.

BRASIL, Ministério da saúde. Secretaria de política de saúde. Departamento de atenção básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento infantil. Brasília: Ministério da saúde, 2002.

GIMENEZ, Roberto & UGRINOWITSCB, Hebert. Iniciação esportiva para a segunda infância. Conscientiae saúde. Revista cientifica, UNINOVE - São Paulo v. 01:53-60.

FORTINI, Franco. O Movimento Surrealista. 2ªed. Editorial Presença, 1980.

Cláudia Terra Nascimento
Profª. Ms. Subst. da Disciplina de Psicologia da Educação/UFSM.

31 de mar. de 2010

A invenção da infância (1º Parte)


O que é ter infância?

É ter alguém que auxilie a criança em seu desenvolvimento transmitindo para ela heranças conhecidas como cultura, aprender a conviver com o próximo, começar a organizar as idéias sobre o que é ser homem no planeta Terra e começar a aprender como se vive em cada sociedade em sua respectiva época, pois o termo infância é estabelecido pelas culturas. É começar a despertar-se para uma assimilação de que a vida é feita de interações no e com o mundo.

Partiremos de alguns principios essenciais para entendermos a irportância do desenvolvimento da criança.

Faixa Etária
Para abordar o tema faixa etária, foi preciso pesquisar todas as formas possíveis para caracterizá-la em seus possíveis grupos, nossa pesquisa foi com base no livro Compreendendo o Desenvolvimento Motor: Bebês, Crianças e adultos (GALLAHUE, 2005) onde conseguimos encontrar as seguintes formas:

Idade Cronológica
A idade cronológica, cada grupo tem uma nomenclatura específica em cada fase, de uma forma geral é divida em sete fases:

• Vida Pré-Natal: Concepção ao nascimento
• Primeira infância: Nascimento até dois anos
• Infância: Dois a dez anos
• Adolescência: Dez a vinte anos
• Adulto Jovem: Vinte a quarenta anos
• Meia-idade: Quarenta a sessenta anos
• Terceira idade: Sessenta anos ou mais.

A classificação da faixa etária é determinada pela idade cronológica que serve como base, porém muito generalista com isso não pode ser a única fonte de estudo a ser confiável, pois pode haver particularidades em cada pessoa, para isso existem outros métodos para chegar à classificação etária.

Métodos de classificação etária

Esses outros métodos auxiliam na exatidão da faixa etária.

• Idade Biológica: Registro do índice do seu progresso em direção a maturidade correspondente à idade cronológica.
• Idade morfológica: Através do peso e altura. A base para informação desse padrão foi por Wetzel em 1948; devido às mudanças dos padrões das pessoas, com o passar das gerações esse método não é o mais confiável. Atualmente é utilizado gráfico do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde em 2000.
• Idade Óssea: Desenvolvimento do esqueleto, onde é determinado através de radiografias dos carpos e metacarpos das mãos. A desvantagem desse método é por devido à radiação desnecessária.
• Idade Dental: E um meio preciso. Seqüência de aparecimento dos dentes desde pontas até o fechamento das raízes, mensuração da idade da calcificação, mapeamento progressivo dos dentes.
• Idade Sexual: Característica sexual primaria (crescimento dos seios na mulher) e secundários (mudança na tonalidade da voz no homem); devido à exposição esse método é pouquíssimo utilizado por social.
• Idade Emocional: Estudo de como a pessoa tem a facilidade e habilidade da socialização.
• Idade Mental: – complexa do potencial mental do individuo como função tanto do aprendizado quanto da auto-percepção.
• Idade Autoconhecimento: A dignidade.
• Idade Perceptiva: Avaliação do índice e da exatidão perceptivo do individuo.

Nossa pesquisa o foco será a primeira infância que na faixa etária cronológica varia entre o nascimento até os dois anos. Esse período é subdivido em:

• Período Neonatal: Nascimento ao primeiro mês;
• Inicio da Infância: um a doze meses;
• Infância Posterior: doze a vinte e quatro meses;


Desenvolvimento na primeira infância

Cada fase tem uma característica diferente da outro, onde são adquiridas experiências novas.
O desenvolvimento metal é um processo que se inicia no dia em que a criança nasce e, possivelmente antes. Isto não quer dizer que a criança nasce pensando, mais sim que o seu comportamento sensório-motor, já desde o nascimento, são os aspectos mais primitivos do desenvolvimento intelectual, conforme afirma WADSWORTH (1997) “(...) as raízes de todo o desenvolvimento intelectual se encontram no comportamento primitivo sensório-motor”.
Fizemos uma pesquisa baseando em WADWORTH, 1997 para descobrimos essas fases com cada característica especifica, e neste livro foi encontrada a divisão que foi feita por PIAGET referente ao desenvolvimento sensório-motor em seis períodos, nos quais ele explica os padrões de comportamento e as suas complexidades.

1º período (nascimento ou primeiro mês)
o Atividade reflexa: sugar, agarrar, chorar, movimentar os braços, o tronco e cabeça. Não tem noção de nada, as reações são simples reflexos.
o Nesta mesma fase com o passar do tempo ele começa a procurar o seio da mãe sugar por adaptar e por achar cômodo.
o Incapaz de identificar a diferença entre ele e mundo que o cerca, ou seja, é egocêntrico.

2º período (primeiro ao quarto mês)
o Os reflexos começam a ter atitudes e intenções
o Início dos sentimos (prazer, desconforto, satisfação...).

3º período (quarto ao oitavo mês)
o Orienta-se progressivamente para os outros objetos e eventos além do seu próprio corpo.
o Começa a ter noção do seu corpo e começa a explorar o espaço.
o Segura os objetos com maior facilidade e coordenação,
o Faz algo que lhes agradam e tentam repeti-lo de maneira intencional (movimento sensório-motor primitiva).
o Progresso intencional, pois tem o domínio dos movimentos já pode atingir seus objetivos.

4º período (oitavo ao décimo segundo mês)
o Começa a fazer combinações que ela já tinha de suas antigas experiências, para adquirir um melhor desempenho em seu meio vivente.
o Começa recordar de fatos ocorridos, ou seja, passa a resgatar em sua memória. (denominada antecipação de evento, WADSWORTH, 1997).
o O campo de visão aumentou, mais mesmo assim a suas limitações ainda ocorrem.
o Como tem noção que não é mais um objeto, e sabe o que é gostar e não-gostar, os bebês começam a dirigir os sentimentos aos outros.

5º Período (décimos segundo ao décimo oitavo mês)
o Desenvolve novos meios para alcançar melhores fins.
o Manipulação para alcançar algo desejado, ou seja, cria estratégias para alcançar seus objetivos.
o “Experimentando” com os objetos, gostam de ver situações novas e adaptar-se a elas.
o Capaz de seguir os deslocamentos visíveis, mas permanece incapaz de seguir deslocamentos invisíveis.
o Noção de dependência e que não e capaz de fazer tudo sozinha

Esse processo no desenvolvimento intelectual são importantes segundo afirma WADWORTH 1997, (apud PIAGET) “(...) o comportamento passa a ser inteligente quando a criança adquiriu a capacidade de resolver novos problemas. As habilidades de solução de problemas são nitidamente adaptativas”.



6º Período (décimo oitavo ao vigésimo quarto mês)
o Início da inteligência representacional (consegue adaptar-se com formas de representação)
o Usa a invenção de meios para elaboração de seqüências de ações ao nível de representacional (pensamentos)
o Procura por aquilo que ela não vê, ela sabe que pode não ver o objeto mais ele ainda existe.

Concluirmos que ao nascer o bebê não é um ser social. No inicio de sua vida nada o que ele faz tem sentimento ou razão, tudo é feito por puro reflexo, e à medida que ele vai crescendo e passando de fase, vai amadurecendo como um todo. Com o passar dos dias os bebês vão criando conceitos, pensamentos, idéias, tudo isso através de uma congnitude, afetando todas as áreas não só morfológicas dos recém-nascidos mais também a área do conhecimento. Então os bebês constroem conhecimento? Na perspectiva piagetiana, SIM. Eles são capazes de construírem conhecimentos por si só, lógico que com ajuda de objetos, e estágios em que a vida nos ensina como no que é um espaço, o que é um objeto, raciocínios matemáticos, como é sentir afeto por alguém. Tudo isso são fases em que a criança vivencia e aprende sozinha.


O desenvolvimento infantil e a Educação Física

O esporte é um forte aliado no desenvolvimento da criança, para enfrentar a vida, pois é a partir dele são desenvolvidos alguns de seus sentidos como, por exemplo, saber que nem sempre vai ser do jeito que ela quer e na vida tem seus altos e baixos e ela vai ter que aprender a conviver com tudo isso. A criança começa a aprender que a partir de seus esforços vai conseguir conquistar o que deseja sem esquecer-se das regras da vida e se não respeitá-las poderá trazer alguns prejuízos na vida, por exemplo, ela prejudicar outra pessoa para conseguir o que ela quer. Como afirma BRACHT quando cita “(...) o esporte educa porque ensina a criança a conviver com a vitória e a derrota, ensina a respeitar as regras do jogo, ensina a vencer através do seu esforço pessoal.” (BRACHT, 1986. P.64)
BRACHT (1986. P.62) afirma que “(...) a Educação Física atua sobre os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo“, ou seja, desenvolve os movimentos que a criança faz com os membros do corpo, como mexer os braços, as pernas, etc.; a parte cognitiva, melhorando o poder de memorização da criança e na parte afetiva, pois terá o contato com o próximo e saberá a interagir e respeitar seus limites.
A Educação Física proporciona a oportunidade de conhecer o próprio corpo e através das brincadeiras a estimular sua imaginação, e de prepará-lo para novas experiências, isso é muito importante, pois a partir daí vai aprender a ter seu autocontrole. Por exemplo, quanto ele brincar de ir atrás de um objeto e ao mesmo tempo aprendendo a engatinhar, caso ele caiu na próxima vez ira tomar mais cuidado. Conforme citado no livro Educação Física e Recreação para pré-escolar:
“Brincar proporciona a criança, oportunidade de investigar seu ambiente e tornar-se mais informada de si mesma. Mesmo quando for muito pequena brinquedo colorido pendurados em seu berço estimulam passeios pela zona da audição, tato e visão” (NETO, 199 p. 35).

A brincadeira é uma forma da criança se comunicar e aprender conviver no seu mundo de forma verbal e não-verbal e é muito importante no processo de desenvolvimento na primeira infância, a brincadeira é um jogo que é definido de seguinte maneira
“(...) atividade livre, conscientemente tomada como ‘não seria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas regras. Promove a formação de grupos sociais com tendência a rodearem-se de segredo e sublinharem sua diferença em relação ao resto do mundo por meio de disfarces ou outros meios semelhantes”. (HUIZINGA, 2004 P. 16).

A brincadeira é um processo que cabe ao adulto e estimular sempre a criança, pois conforme cita NETO (1999, p.90), “(...) a segurança do adulto torna-se indispensável nesse processo”. Essa brincadeira é de forma corporal, pois ao falar, ao tocar no bebê o adulto esta interagindo com ele.
“Todo comunicação que o adulto provoca deve considerar este jogo de olhar, sorrir, tocar, agarrar, acariciar, falar, brincar, contrariamente ao que se pensa, é o adulto que imita o bebê, servindo de eco as sua expressões mímicas e verbais. A segurança do adulto torna-se indispensável nesse processo. O dialogo corporal só se estabelece se for progressivo e facilitador da autonomia” (NETO, 1999 p. 90).

Com essa pesquisa, observamos que o movimento é fundamental no processo de crescimento, maturação e desenvolvimento do ser humano, e neste caso a relação que tem com a educação física é que em todo momento a criança é ativa e receptiva para aprendizagem.

Anatomia do desenvolvimento

O desenvolvimento na infância não é somente na parte psicomotora a composição corporal faz parte desse processo.

Ossos

O esqueleto humano é composto por 206 ossos, porem essa quantidade é na fase adulta, pois ao nascer o bebe tem 270 segundo o site MEDICALOOK: YOUR MEDICAL WOLD, isso é devido aos ossos do crânio do recém-nascido por serem formadas por vários ossos separados denominado fontanelas. O crânio não é fechado ao nascer, pois tem que ser maleável e comprido para o parto, e também como o cérebro ainda vai crescer o ocupara esse espaço. O cérebro é um órgão que praticamente esta pronta ao nascer, pois ele já será responsável pelo funcionamento dos órgãos. Porém ainda não esta como todo processo completado, com o passar do tempo ele vai adquirindo novas experiências e por volta dos 12 a 15 meses o cérebro se fecha, tornando-se assim um único osso.
Outra característica do esqueleto é que ao nascer as crianças tem 3 carpos e só atingira o seu desenvolvimento total, ou seja, 9 carpos, na fase da adolescência.
A criança nasce com a coluna vertebral frágil e ela só vai ter uma certa resistência entre 8 e 9 anos.
Para que a criança possa ter uma melhor mobilidade dentro do útero da mãe, ela tem os ossos macios e após o nascimento esses ossos começam a endurecer aos poucos e consequentemente ele começa a ter mais confiança em seus movimentos, logo mais independência, segundo BEE, 2003.
Músculos

As crianças nascem com os músculos prontos, porém esse músculo só vai se fortificar com o passar do tempo, tornando-se mais longo e tendo mais força.

Coração e Pulmão

A criança quando nasce tem o coração e o pulmão menor do que o de um adulto, esses órgãos só vão se desenvolver por completo conforme o seu desenvolvimento, o mesmo acontece com o ritmo cardíaco, pois quando pequena a sua freqüência cardíaca é maior do que depois de desenvolvida.

Sistema Nervoso

O cérebro já nasce praticamente pronto, porém, o córtex, responsável pela linguagem e pensamento, só vai começar a se desenvolver a partir do nascimento da criança tendo também a criação de sinapses. Aos dois anos uma criança tem mais sinapses do que um adulto, por que ela esta em fase de aprendizagem, conforme ela aprende essas sinapses vão desaparecendo, por isso que é importante estimular a criança para seu desenvolvimento por completo.
É muito importante estimular a criança de forma auditiva e visual para ajudar a estimular e organizar o cérebro.
Hormônios

A Hipófise, que é o hormônio da tireóide, é de grande quantidade devido ao crescimento físico.

Drogas na gravidez

Uma droga pode afetar o feto de varias maneiras. As drogas podem interferir no crescimento dos órgãos ou na diferenciação celular e afetar o desenvolvimento natural do feto.

Drogas maternas necessárias

Na gravidez, a mãe grávida pode estar sob cuidados médicos por causa de indisposição e doença. O cuidado médico deve ser bom e consistente pelo fato do feto em desenvolvimento também pode ter necessidades especiais. Os medicamentos prescritos para a mãe pode ser modificados a fim de proteger o bebê. A mãe grávida com câncer está em risco quando a quimioterapia é usada para diminuir a taxa de crescimentos de células malignas, particularmente nos primeiros 3 meses de gravidez.

Possíveis efeitos de drogas ilícitas no desenvolvimento da criança ainda não nascida:

Anfetamina e barbitúricos: aborto, problemas no parto.


Cocaína: hipertensão, baixo peso ao nascer, distúrbios de aprendizagem, problemas comportamentais, mortalidade acentuada, crise de abstinência fisiológica.
LSD (ácido lisérgicos): pode causar danos cromossômicos, algumas vezes contaminado com quinina ou outros materiais que podem prejudicar a criança. Algumas pesquisas alta incidência de efeitos congênitos em filhos de usuários de LSD.

Álcool na gravidez

Relatos apontam que há mais de um milhão de alcoólatras em idade reprodutiva e que os efeitos do álcool atingem o feto duas vezes mais rápido do que a mãe, em na mesma concentração. O mito de que o feto retira somente o que precisa de nutrientes da mãe levou o grande descuido das grávidas, em conseqüência temos milhares de complicações na gravidez. Mas os perigos do álcool para o feto já eram conhecidos desde a Grécia antiga em que os recém-casados eram proibidos de consumir álcool a fim de evitar a concepção enquanto estivessem intoxicados.

Surrealismo, Primeira Infância, Psicanálise, Corporeidade e Desenvolvimento humano.

Algumas pessoas falam: “Meu tempo de infância era bem melhor, era um tempo em que eu podia falar tudo o que queria, sem pensar!” Era também um tempo que eu não era “contaminado” pelo ambiente em que vivia...! Esse ato de falar sem pensar vai de encontro com uma das várias definições de Surrealismo; Para Breton (1954), principal líder desse movimento, “o surrealismo é um automatismo psíquico puro mediante o qual se nos propõe exprimir quer verbalmente quer por escrito o funcionamento real do pensamento, fora de todo o controle exercido pela razão, fora de toda a preocupação estética ou moral...”. Mas como não ser supostamente “contaminado” por esse ambiente. Que ambiente é esse? O que há nele que nos ‘contamina’?
É impossível não ser “afetado” pelo ambiente e também por quem o compõe; há uma frase celebre na psicanálise que cita: “Para saber de mim preciso atravessar o outro”; (Ricardo Goldenberg). E além do mais, o processo de corporeidade é um processo de interação com o mundo e não de exclusão, uma criança necessita mais do que outras pessoas de um príncipio, ou seja, uma rica e sábia introdução no mundo pelos quais os adultos são protagonistas; Moreira (1998, p.143) que diz: “Falar em corporeidade é falar do existente, do ser que interage no e com o mundo, consigo mesmo e com os outros...”.
Como já vimos o mundo das crianças pode ser totalmente associado há algumas definições de Surrealismo, devido a uma característica muito peculiar a esses pequenos seres “iluminados”, elas ignoram as formas ou quaisquer regras na conversação, devido à sua genial espontaneidade; “Podemos aprender muito analisando as ações espontâneas das crianças...” ( Beverly D. Ulrich, Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças,adolescentes e adultos/ David L. Galahue, John C. Ozmun).



BIBLIOGRAFIA

Livros

BEE, H. A criança em desenvolvimento. 9ed Artemed: Porto Alegre, 2003.

BRACHT, V. A criança que pratica esporte respeita as regras do jogo...Capitalista. Revista Brasileira de ciências do Esporte 7 (2) 62-68, 1986

DARIDO, S.C.; RANGEL, I. C.A. Educação Física na Escola: Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 293p.

GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças. Adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo: Phorte, 2005. 585p.

FREIRE, J. B.; SCAGLIA, A. J. Educação de como pratica corporal. 4ed. São Paulo: Scipione, 1994. 183p

HUIZINGA, J. Homo Ludens. 5ed. Perspectiva: São Paulo, 2004.

FORTINI, F. O Movimento Surrealista. 2ed. Editorial Presença

NETO, C. A. F. Motricidade e o jogo na infância. 2ed. Sprint: Rio de Janeiro, 1999.

WADSWORTH (1997)

Sites

MEDICALOOK: YOUR MEDICAL WOLD
Disponível em: Acesso em: 21 fev. 2010

Disponível em: Acesso em: 23 fev. 2010

Disponível em:
<> Acesso em: 23 fev. 2010
http://www.portacurtas.com.br/index.asp (Procurar por Infância).

25 de mar. de 2010

O Ritmo como fator essencial no dia-dia e nas praticas Esportivas


RITMO
O significado da palavra tem origem grega que é “aquilo que se move; aquilo que flui; aquilo que nos leva crer que todo movimento é um ritmo em potencial” (BRASIL, 2008 apud CAMARGO, 1994, p.23).
Existem vários tipos de ritmos como: lento, médio e rápido, leve e forte no qual o que determina isso é a pessoa, na intensidade e no tempo que vai utilizar seus músculos.
Todo ser humano é dotado de ritmo (Natural), que se manifesta antes mesmo do nascimento, através dos batimentos cardíacos, depois pela respiração e pela fala e que está presente também nas formas básicas de locomoção. Por este motivo jamais podemos dizer a alguém que este não tem ritmo, ou seja, o ritmo é algo que já vem pré-determinado fisiologicamente com a pessoa na sua concepção materna e ao decorrer do desenvolvimento humano o ritmo acaba sendo muita das vezes considerada o elemento da música que está mais associado ao movimento, às ações motrícias do Homem.
É o ritmo externo ao homem que coloca em jogo, mais do que tudo, o movimento corporal e possíveis modificações fisiológicas. Autores e pesquisadores que conceituaram o ritmo admitem a dificuldade de situá-lo como algo concreto e a impossibilidade de defini-lo e de avaliá-lo de forma objetiva. Poderíamos considerar que o ritmo é um fenômeno que existe de fato, Hanebuth (1968, p.13),
“Arribas (2002) situa que a primeira infância é a idade mais indicada para iniciar o cultivo do sentido rítmico, pois a espontaneidade e a liberdade de expressão da criança nesta fase proporcionam condições muito úteis para trabalhar o ritmo”.
“ROSSETE (1992) cita como exemplo o bater palmas, que é o primeiro movimento espontâneo em face do ritmo, e a criança o realizam desde o primeiro ano de vida, quando brinca com aqueles que a cercam.”

“Cada corpo tem sua corporeidade que, no fundo, corresponde à sua arquitetura. A corporeidade é o que faz com que um corpo seja tal corpo. o organismo humano, como uma espécie viva, tem sua própria corporeidade. Mas cada indivíduo, segundo a engenharia genética revela, possui uma corporeidade própria”, (MOREIRA, 1998).

Le Parkour, Surrealismo e Ritmo

Relacionando a prática esportiva Le Parkour, Surrealismo e o Ritmo, partimos de dois exemplos para entendermos um pouco desta relação:
“Dali está sempre ocupado em unir para legitimar. Sua imaginação trabalha, não para inventar a irrealidade, mas para diminuir a distância entre as coisas reais” (Salvador Dali); David Belle inventor do Le Parkour, diz que: “O espírito no Parkour é guiado em parte a superar todos os obstáculos em seu próprio caminho como se estivesse em uma emergência.”Como vimos no texto acima citado, entendemos que cada ser é dotado de um ritmo natural (biológico, intrínseco), e associando esta pratica esportiva ao ritmo teremos que partir de alguns princípios para que possamos executar o “Le Parkour”.

Ex: Espaço

A dimensão espacial pode ser sentida, e explorada através do movimento corporal. O espaço exterior compreende tudo o que está além da pele; Da relação entre o espaço do interior do corpo e o espaço físico exterior derivam múltiplas dimensões e formas que geram diversos desenhos e formas no tempo; O espaço constitui uma questão muito complexa. Mas em nossa pratica empregamos esse vocábulo num sentido particular compreensível. Deixamos de lado qualquer discussão filosófica e toda concepção a priori. Quando dizemos espaço aludimos e esse âmbito que transformamos e modificamos com o movimento corporal.
BRIKMAN, Lola. A linguagem do movimento corporal. 2ªed. São Paulo: Summus, 1989


Tempo

Tempo é duração não casula de um movimento. Esse tempo se encontra em relação com uma constante de lentidão ou rapidez peculiar a cada individuo.
Tempo interior – está dotado, por assim dizer, de uma música própria: um ritmo, uma melodia, talvez certo fraseado próprio.
Tempo exterior – está baseado no entorno e nas fontes sonoras instalas fora do individuo.
O homem opera no espaço, com seu próprio tempo e num particular momento do processo histórico. Cada presente temporal é um momento que conte um passado e que se projeta para o futuro. Nesse devir, a rigor, a distinção entre o presente, passada e futuro são quase convencionais, porque o tempo é um incessante transcorre que, num preciso instante qualquer, no momento mesmo em que é pensado ou vivido, deixa de ser presente e se torna passado. Tanto quando percorremos o passado ou projetamos o futuro, estamos sempre num aqui e agora, que implica os três tempos históricos.
BRIKMAN, Lola. A linguagem do movimento corporal. 2ªed. São Paulo: Summus, 1989


Fluência

A fluência ainda composta os movimento de resistência e de contra-movimento; cada um destes é diferente em estado de espírito, e em significado, não se referindo ambos nem à direção, nem à velocidade, nem à força.
O elemento de esforço de fluência “livre” consiste num fluxo libertado e na sensação de fluidez do movimento. Sensação é uma expressão de esforço atividade pela libertação do fluxo, que, dotado de uma capacidade emissora auxiliar o fluir para fora, ou seja, progressivo, características da fluência livre.
LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. 3ªed. São Paulo: Summus, 1978


Conclusão

Entendo então que a prática do Parkour de David Belle junto ao surrealismo de Dalvador Dali, tornasse uma ótima pratica esportiva para se desenvolver alguns tipos de ritmos que até então não tínha ciência de que estes fatores são essenciais para esta pratica, ou seja, unindo o ritmo e o surreal para vencer obstáculos como: saltar muros, andar em corrimão etc; onde muitas das vezes acreditamos não ser possível, mas é, aproximar as coisas reais através de movimentos complexos partindo de um ritmo natural adaptando movimentos e intercalando as características de diferentes ritmos.